Enquanto Lula tenta acrobacias em evento na França, o Brasil enfrenta escândalos como o do INSS, expondo a desconexão entre governo e realidade.
Na mesma semana em que o Brasil foi sacudido por mais um escândalo envolvendo o INSS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu virar atração em Paris. Em um evento da exposição “Nosso Barco Tambor Terra”, Lula tirou os sapatos, o paletó e tentou realizar uma acrobacia no chão do Grand Palais. A cena, capturada por diversas câmeras, gerou risos do presidente francês Emmanuel Macron, mas também indignou muitos brasileiros que acompanham as graves crises internas do país.
Enquanto o circo acontece lá fora…
Lula, acompanhado da primeira-dama Janja e de artistas brasileiros, participou de forma performática da instalação interativa do artista Ernesto Neto. Mas o que deveria ser um gesto cultural, virou piada e meme. A tentativa de se equilibrar no chão, de forma atabalhoada, foi vista como uma metáfora perfeita do seu governo: um malabarismo político sem resultado prático.

Imagem internacional em xeque
Enquanto Lula tenta posar como “líder global leve e simpático”, sua imagem internacional está cada vez mais manchada por contradições internas. A imprensa europeia pode ter rido, mas o brasileiro não esquece da bagunça generalizada: crescimento anêmico, escândalos de corrupção, e a sensação de um governo mais preocupado em manter aparências do que resolver problemas reais.
Além disso, diversos líderes internacionais demonstram apenas cordialidade política, sem realmente levar a sério o discurso do governo brasileiro. O respeito simbólico que Lula tenta conquistar com eventos teatrais como esse não compensa a ausência de políticas internas sólidas, e muito menos os retrocessos econômicos que se acumulam mês após mês.
O escândalo do INSS e outros esquecidos
Enquanto Lula dançava e se alongava em Paris, o escândalo do INSS escancarava fraudes bilionárias envolvendo concessões indevidas de benefícios, servidores coniventes e uma estrutura apodrecida. O Ministério da Previdência Social emitiu notas vagas, sem responsabilizar diretamente os envolvidos. Casos como o da fila de perícias médicas, que prejudicam milhões de brasileiros doentes, continuam ignorados pelo alto escalão.
Além disso, somam-se outras crises: superfaturamentos em obras públicas, denúncias de tráfico de influência, nepotismo velado e alianças políticas duvidosas em estatais e ministérios. O governo parece mais empenhado em proteger os seus que em prestar contas à população.
Silêncio conveniente sobre a Amazônia
Macron acolhe o ex-presisiário de braços abertos em Paris, como se o ex-presidiário fosse um exemplo de estadista. Mas é sob o primeiro governo de Lula que os recordes de desmatamento na Amazônia foram batidos. Curiosamente, quando Bolsonaro estava no poder, bastava um pouco de fumaça para que artistas, ambientalistas e a imprensa internacional reagissem com indignação. Hoje, com Lula de volta, a floresta queima de verdade — e reina o silêncio absoluto. Hipocrisia seletiva, ecologia de fachada. A narrativa vale mais que os fatos. Será que agora Macron vai passear de mãos dadas com Lula pela floresta de Fontainebleau?
Governo performático e a desconexão com o povo
A população sente no bolso e na pele as consequências de um governo que vive de discursos, eventos e “encontros internacionais”. Não há soluções práticas para problemas básicos como o caos na segurança pública e o abandono da educação básica. Enquanto isso, Lula participa de exposições interativas na França tentando fazer gracinhas.
Um governo em desequilíbrio
As acrobacias simbólicas de Lula na França revelam muito mais que um momento descontraído: mostram um presidente alheio à realidade do seu povo. A falta de foco, a fuga para a cenografia e a tentativa constante de manter aparências vão cobrando seu preço. O Brasil precisa de liderança, não de encenações.
É preciso também que a sociedade reaja: que cobre, fiscalize e questione. O silêncio da mídia diante das contradições do governo apenas colabora com o avanço de políticas frágeis e a manutenção de uma elite política blindada. O Brasil merece mais do que malabarismos midiáticos e viagens performáticas. Merece ação, verdade e responsabilidade.